Segunda-feira, 02 de novembro de
2015
O governo federal quer criar uma
base comum de conteúdo para o ensino técnico. A ideia é que os alunos do ensino
médio recebam uma formação básica em uma das 13 áreas técnicas para que, a
partir daí, possam escolher continuar a formação em um curso de graduação em
educação profissional tecnológica.
Na prática, um estudante do
ensino médio poderia escolher, por exemplo, receber a formação em recursos
naturais. Depois, as horas estudadas ainda na escola poderiam ser aproveitadas
em cursos técnicos em agropecuária, em mineração ou em florestas.
Segundo o secretário de Educação
Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Feres, a
intenção é trazer opções para os estudantes. Fazer um curso técnico para os
alunos hoje não é um processo natural. Eles são empurrados, na formação, para o
ensino superior, diz.
Ele explica que um dos objetivos
do ensino técnico é também melhorar a qualidade do ensino médio, aumentando a
atratividade para os estudantes, que teriam acesso a formações na área de interesse.
Formação diversificada - Pela
proposta, a Base Nacional Comum Curricular, que está em discussão, preencheria
60% do tempo do ensino médio. O restante seria para uma formação diversificada.
O MEC sugere que a base do ensino técnico possa, a critério das redes de
ensino, entrar na parte diversificada, correspondendo a 20% da formação.
A base técnica, de acordo com
Feres, não impedirá que as escolas ofertem também a formação específica e que
os alunos deixem a escola como técnicos, como já é feito em parte das escolas.
Segundo os dados apresentados pelo secretário, dos 7,8 milhões matriculados no
ensino médio regular, 1,7 milhão recebe educação profissional de nível técnico,
o que equivale a um aluno de ensino médio profissionalizante para cada 4,4 que não
recebem essa formação.
Fonte: Agência Brasil
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